21 November, 2007

Saúde

aids cresce entre homens heterossexuais

O Ministério da Saúde divulgou, nesta quarta-feira, o Boletim Epidemiológico 2007, que apontou aumento significativo de homens heterossexuais entre os portadores do vírus HIV no Brasil. O estudo mostrou também uma estabilização do percentual de homossexuais e bissexuais com o vírus e uma redução entre os usuários de drogas injetáveis.

Em 1996, dos casos de aids registrados em homens, 29,4% foram em homossexuais e bissexuais; 25,6% em heterossexuais; e 23,6% em usuários de drogas injetáveis. Em 2006, o número subiu para 42,6% entre heterossexuais; 27,6% em homossexuais e bissexuais e 9,3% em usuários de drogas injetáveis.

Nos casos notificados em 1996 entre mulheres acima de 13 anos, 86,1% foram em heterossexuais e 12,6% em usuárias de drogas injetáveis. No ano passado, o percentual de casos em heterossexuais subiu para 95,7% e em usuários de drogas injetáveis caiu para 3,5%.

Regiões

De acordo com o Boletim, de 1980 a junho de 2007, foram notificados 474.273 casos de aids no País. Dentre eles, 289.074 foram registrados no Sudeste, 89.250 no Sul, 53.089 no Nordeste, 26.757 no Centro Oeste e 16.103 no Norte.

Segundo a análise, nas regiões Norte e Nordeste do País há uma tendência de crescimento em casos de aids. Nas regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste, a incidência do vírus tende à estabilização.

Em 2006, considerando dados preliminares, foram registrados 32.628 casos da doença, confirmando uma tendência de queda no número de casos, identificada a partir de 2002, quando houve 38.816 notificados. Naquele ano, a taxa de incidência da aids foi de 22,2 casos em 100 mil habitantes. Em 2005, essa taxa caiu para 19,5 e em 2006, para 17,5.

Saúde após diagnóstico

O Boletim Epidemiológico 2007 trouxe, pela primeira vez, dados sobre a proporção de pessoas que continuaram vivendo com aids em até cinco anos após o diagnóstico. O estudo foi feito com base no número de pessoas identificadas com a doença em 2000.

Os dados apontam que, cinco anos depois de diagnosticadas, 90% das pessoas com aids no Sudeste estavam vivas. Nas outras regiões, os percentuais foram de 78%, no Norte; 80%, no Centro Oeste; 81%, no Nordeste; e 82%, no Sul.

A análise mostra, ainda, que 13,9% dos indivíduos diagnosticados com aids no Norte haviam morrido em até um ano após a descoberta da doença. No Centro Oeste, o percentual foi de 12,7% e no Nordeste, de 12,1%. Na região Sul, o indicador cai para 9,1% e no Sudeste, para 3%. A média do Brasil foi de 6,1%. Em números absolutos, o Brasil registrou 192.709 óbitos por aids, de 1980 a 2006.

FONTE: Redação Terra

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