10 February, 2010

Pissetti quer plebiscito para decidir instalação de guarda armada em Itajaí


Marcos Marcellus Holtz
da Assessoria Parlamentar - Departamento de Jornalismo

Itajaí, SC - Dizem que a voz do povo é a voz de Deus. O velho ditado pode, em breve, ser usado para cessar as polêmicas discussões referentes à criação da guarda municipal armada em Itajaí. Na sessão desta terça-feira (9), o vereador Luiz Carlos Pissetti (DEM), propôs a realização de um plebiscito para traçar os rumos da segurança pública na cidade.
A principal reclamação da população e autoridades itajaienses se refere ao pequeno número de policiais militares disponíveis nas ruas. Ao todo o Estado destaca para apenas 215, quando o ideal seria 688 homens. “Temos que lutar por policiais bem preparados para proporcionar segurança ao cidadão (...) a guarda municipal pode existir sim, sou favorável, mas sem armas letais, no máximo uma tonfa, o gás pimenta ou o choque”, sugeriu Pissetti.
Em virtude do baixo efetivo policial e do desencontro de ideias entre o poder público municipal e a Secretaria de Segurança Pública estadual, a medida de instalar a guarda armada passou a ser vista como solução por parte da comunidade. Ontem à noite uma audiência pública, promovida pelo secretário de segurança do município, Carlos Ely, foi realizada no auditório da prefeitura para amadurecer o assunto.
Para Pissetti a instalação da guarda armada não solucionaria os problemas com a criminalidade, pelo contrário, traria mais transtornos. “Eu fui assaltado quatro vezes e não quero guarda armada (...) a segurança é dever do Estado, temos que aumentar nosso efetivo de militares”, defendeu. O democrata ainda foi enfático ao exemplificar os contras da proposta. “Que Deus nos livre de um guarda deste futuramente tirar a vida de um inocente nas ruas (...) vão dizer que quem matou foi o Jandir”, exclamou.
COMO FUNCIONA UM PLEBISCITO - Diferente do referendo, onde a população aprova ou desaprova uma Lei já constituída, o plebiscito permite ao povo votar pela criação ou não de uma norma. A matéria a ser votada pode ser tanto legislativa quanto administrativa. No caso de Itajaí, a comunidade iria às urnas para decidir se as autoridades devem ou não investir na instalação da guarda armada no município.

0 comentários: